Publicações do CIAC

Já se encontra disponível o novo número da Revista ROTURA
O último número da ROTURA – Revista de Comunicação, Cultura e Artes (Vol.4, N.1), do CIAC, já se encontra disponível online. O dossier temático centrar-se na temática “Discurso de ódio online: impactos, prevenção e intervenção”.
Na última década, o aumento da visibilidade e exposição do discurso de ódio online tem despertado preocupações culturais, sociais e académicas. Esta questão abrange tópicos como a polarização social, política e religiosa, a disseminação de ideologias de ódio, a promoção da violência através de propaganda e recrutamento online, e o impacto no bem-estar dos indivíduos envolvidos, com implicações na construção de um discurso pluralista, próprio de sociedades pacíficas, justas e inclusivas.
Com o intuito de aprofundar o conhecimento sobre o tema e abordar formas eficazes de prevenir e intervir no discurso de ódio online, a comunidade científica a submeteu estudos e abordagens teóricas e empíricas que contribuíram o entendimento de diversos tópicos.
No artigo “Educación Mediática en Primaria: Intervención contra el odio en redes”, Laura Picazo Sánchez e Eva Tomás Fernández têm como objetivo conceber um programa de Educomunicação para o Ensino Básico que contribua para a atitude crítica dos alunos face aos ecrãs – ou seja, para a aquisição de competências sobre o uso saudável e positivo das TIC, da Internet e das redes sociais. – e, especificamente, a favor da identificação do ódio na Internet. Em “Addressing Online Hate Speech: Nigeria’s National Framework and Regulations”, Tsokwa Maggai debruça-se sobre a Nigéria, que sessenta e três anos após a independência, ainda não reconheceu um documento-quadro nacional de política de comunicação que serviria de base para iniciativas de comunicação online e offline. Este artigo examina todos os quatro rascunhos do quadro nacional de política de comunicação na Nigéria para contextualizar o discurso de ódio online nestes documentos.
No artigo “Strategies to protect children from violence in artificial intelligence“, Rosalía Urbano apresenta um estudo tem como objetivo identificar estratégias para mitigar a violência de conteúdos de inteligência artificial direcionados a menores. Com “Media Outlook of Hate Speech in the 2015 and 2019 General Elections in Nigeria”, Eric Msughter Aondover apresenta um estudo sobre o fenómeno do discurso de ódio nas eleições gerais da Nigéria, nos jornais Daily Trust, The Nation e The Guardian.
Ana Helena Barbosa da Silva e Ángel Hernando Gómez publicaram “O que está por trás dos “likes”? – Desenvolvimento da autoimagem em jovens youtubers”, que analisa os impactos que a fama, a audiência e a atuação como youtuber podem ter na formação da identidade, na autoestima e no bem-estar psicológico do indivíduo. O artigo “Content Creators and The Rise of Hate Speech between Brazilians and Portuguese on Digital Platforms: Analysis of an Experiment on a Social Network”, de Valdemir Soares dos Santos Neto, propõe-se a examinar a interação entre a criação de conteúdo em plataformas digitais sobre a imigração de brasileiros para Portugal e a proliferação de discursos de ódio.
O dossier “Discurso de ódio online: impactos, prevenção e intervenção” contou com diversas contribuições na secção Varia “No Meshs: O Blender como Ferramenta de Estudo e Resistência à Subversão do Espaço Público na web 2.0”, de Carlos Miguel Gonçalves; “Image et Américanisation du monde dans Civilisation, comment nous sommes devenus américains de Régis Debray”, de Brahim Mouradi; “Seeing ghosts: the queer creative act in I Remember the Crows – Vendo fantasmas: o ato de criação queer em Lembro mais dos Corvos”, de Daniel Oliveira Silva e Ana Catarina dos Santos Pereira; “Digital Media-Art: Creation of experimental post-photographic visual artifacts”, de Rennier Ligarretto Feo; “Latin American organizational communication in constant evolution”, de Fernando Guerrero Maruri; “Medical terminology in television series. The case of House and The Good Doctor: a comparative study”, de Beatriz Guerrero García; “University Teachers’ Vantage Points on ChatGPT Integration in Education: Upsides and Downsides”, de Hawkar Omar Ali; “MY MONO NO AWARE – Um passeio sonoro interativo para a promoção de autorreconhecimento”, de Ricardo Mestre, Rui d’Orey e Pedro Alves da Veiga; “MAD Clarinet 3.0: Dialogues with my computer”, de Rui Travasso e Luís Marques; “Sopralluoghi in Palestina per Il Vangelo secondo Matteo: el ensayo fílmico de confesión en Pasolini”, de Jesús Ramé López.
Foram ainda publicados dois textos na secção Ensaios e um em Entrevistas e Recensões: “O contracampo como moviemtno infinito: o legado fílmico e académico de Raquel Scheffer”, de Caterina Cucinotta; “A presença (ou ausência) das mulheres artistas nos livros de História da Artes e seu impacto na abertura de espaços e oportunidades para mulheres hoje”, de Débora Texeira Falcão de Oliveira e “O novo brinquedo de Edgar Pêra ou sobre a inquietude do cinema de ideias”, de Teresa Lima.
Sob a direção dos coordenadores do CIAC Mirian Tavares e Bruno Mendes da Silva, este número da revista Rotura contou com a edição dos investigadores Anthony Brooks (Aalborg University), Ana Filipa Martins (CIAC, Universidade do Algarve), Janice Richardson (Digital Citizenship Expert, Council of Europe) e Susana Costa (CIAC, Universidade do Algarve, Universidade Aberta).
O próximo número, com lançamento previsto para setembro de 2024, terá como tema “Ficção-Viva”. Encontra-se também a decorrer a chamada de trabalhos para o número dedicado ao tema “Crónicas Artísticas da Era Moderna: Explorando Expressões Culturais Contemporâneas”, até 23 de setembro de 2024.
Esta publicação também está disponível em: Inglês