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Já está disponível a nova edição da ROTURA dedicada a “Narrativas biográficas e literacia dos media digitais nas artes e na sociedade”
Este número especial da ROTURA — Revista de Comunicação, Cultura e Artes apresenta um dossiê dedicado às múltiplas interseções entre narrativas biográficas e literacia mediática digital. Este número explora como a fusão entre a narrativa pessoal e a literacia digital contribui para o desenvolvimento do pensamento crítico, a ampliação da diversidade de vozes e a valorização da memória cultural no presente digital.
Os artigos aqui reunidos destacam a importância das histórias pessoais e coletivas como ferramentas fundamentais para compreender a experiência humana, construir memória histórica, afirmar identidades culturais, reivindicar o direito à cidade e fomentar competências digitais.
Entre os temas abordados estão:
- A importância das narrativas biográficas para a compreensão da história e da identidade pública, analisada por Stephen Morgan e Cyril J. Law Jr., que exploram o impacto do testemunho individual na construção da memória e da moralidade coletiva.
• A arte digital generativa como modelo de memória coletiva em transformação, apresentada por Pedro Alves da Veiga, que recorre a entrevistas recolhidas no projeto Conta.Me para criar uma experiência visual e narrativa dinâmica.
• O papel das contra-narrativas digitais na contestação de normas excludentes do espaço urbano e na promoção de uma cidadania inclusiva, analisado por Isabel Carvalho.
• O desenvolvimento da literacia digital em estudantes através de projetos de narração digital em design e artes mediáticas, conforme defendido por António Maneira e Mónica Mendes.
• A desconstrução da interface em artes digitais, examinada por José Carlos Neves e José Gomes Pinto, que discutem o papel da interatividade e a posição ativa do espetador na obra de Neves.
• A análise do cinema brasileiro como forma de resistência cultural, em particular o filme Rio, 40 Graus, que enfrentou a censura estatal e abriu caminho para debates sobre direitos sociais, raça e classe, tema explorado por António Luiz do Nascimento e Celso Luiz Prudente.
Este conjunto de estudos evidencia o papel central da narrativa biográfica na mediação entre o individual e o coletivo, o real e o virtual, o histórico e o contemporâneo, destacando a necessidade de reinventar formas de contar e experienciar histórias que ampliem a consciência crítica e as possibilidades expressivas nos mundos digital e analógico.
Revista Rotura (aqui).