Divulgação

Juliana Wexel, Bruno Mendes da Silva e Mirian Tavares participam na 15.ª Conferência Internacional de Cinema Avanca


Sob o título “Inteligência Artificial em Narrativas Audiovisuais: Experiência na Ciberperformance Aretusa Vox e vulva art” (Artificial Intelligence in Audiovisual Narratives: Experience on the Cyberperformance Aretusa Vox e vulva art), a comunicação propõe uma reflexão sobre questões estéticas na utilização de recursos de inteligência artificial no campo das narrativas audiovisuais. A discussão circunscreve-se ao debate sobre os processos colaborativos de criação entre humano-máquina no campo da média-arte digital e da emergência da AI Art (Artificial Intelligence Art) sob a perspectiva do feminismo digital, oriundo do ciberfeminismo. A comunicação realiza-se neste sábado, 27 de julho, entre 10h30 e 12h30.

No evento, Juliana Wexel, bolseira de investigação FCT-CIAC e doutoranda em média-arte digital (DMAD-CIAC) compartilhará a experiência de criação da videoarte “squirt.Metamorphosis”, baseada em animação generativa 3D desenvolvida através do software online Stable Diffusion e que integra o artefato digital Aretusa Vox. O discurso estético do squirt.Metamorphosis evoca a o prazer e a autonomia sexual feminina como instrumentos disruptivos da violência e da dominação patriarcal da sexualidade das mulheres e das pessoas com vulvas. Aretusa Vox obra é um dos projetos computacionais desenvolvidos no contexto da pesquisa de Juliana Wexel, circunscrita na tese em curso “Vulva Art e ciberperformatividade: contributos para a compreensão de discursos estéticos feministas em média-arte digital”. A comunicaçãoAretusa Vox é uma ciberperformance autoficcional desenvolvida a partir de uma perspectiva ciberfeminista que dialoga com o mito de Aretusa, narrado pela ninfa do livro V das Metamorfoses, do escritor ormano Ovídio, sobre a antiga fonte de água doce na pequena ilha de Ortigia, na Sicília, Itália. Retratada pelos cânones literários e pela cultura popular como uma história de amor entre a ninfa Aretusa e Alfeu, em Aretusa Vox, o mito é exposto como tentativa de estupro. A ciberperformance é tanto o resultado quanto oprocesso de desenvolvimento do método CyberPerformanCity, indicado para a criação de projetos e artefatos de intervenção artística que medeiam espaços urbanos e espaços digitais. 

Como resultado, destacam-se avanços na compreensão da lógica das sintaxes algorítmicas para a experiência de geração de imagens artísticas específicas e, no campo do ciberfeminismo, enquadrá-las como criação dentro do movimento de vulva artAretusa Vox foi desenvolvida através do Projeto CyPeT, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal efoi apresentada durante Simpósio Ciberperformance: práticas artísticas e pedagógicas,marco final do projeto CyPet. Aretusa Vox a entrecruza pesquisa artística da investigadora no âmbito do CyPeT e de experiências teórico-práticas como membro do Writing Urban Places. Aretusa Vox pode ser vista na íntegra no canal CIACMedia no Youtube, neste link: https://www.youtube.com/watch?v=5ls_Q8yMObg&t=2171s

ARETUSA hydro_VOX foi selecionada para participar da competição internacional 28º FESTIVAL DE CINEMA AVANCA 2024.

Aretusa Vox é um protótipo que culmina na versão final “ARETUSA hydro_VOX, an autofictional cyberbook”. A narrativa audiovisual de ARETUSA hydro_VOX, também de autoria de Juliana Wexel, foi selecionada para concorrer, por Portugal, à categoria “vídeo experimental” da competição internacional 28º AVANCA 2024. A obra foi exibida no dia 25 de julho, no Auditório Paroquial de Avanca, Portugal, e concorre na mesma categoria com produções de países como Alemanha e o Irão.

O anúncio dos vencedores acontece no domingo dia 28 de julho, durante o encerramento do Festival. 

A programação dos filmes que concorrem à do Festival nesta e nas demais categorias pode ser conferida (aqui).

Esta publicação também está disponível em: Inglês