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Pedro Alves da Veiga é convidado no Festival Periphera


Pedro Alves da Veiga, investigador do CIAC, apresentará o seu projeto “Arte Generativa” no Festival Periphera, que se realiza de 8 a 10 de novembro no concelho de Almada. Este festival é dedicado a exposições, performances, palestras, workshops e demonstrações de projetos e empresas, envolvendo especialistas nas áreas de arte, tecnologia e inovação. Segundo Pedro Veiga, este é um espaço onde se promove “a aprendizagem e partilha de conhecimento”, além de funcionar como uma plataforma que estimula colaborações e sinergias futuras entre artistas, designers, tecnólogos e representantes de entidades parceiras, proporcionando visibilidade para artistas emergentes e consolidados.

Sobre “Arte Generativa: há generatividade para além da inteligência artificial”, o investigador destaca que esta forma de arte possui “autonomia face aos recentes avanços em Inteligência Artificial” e realça a suas “raízes históricas e pré-computacionais”. A expressão “arte generativa” refere-se, explica Pedro Veiga, a processos criativos no qual a obra de arte é desenvolvida, parcial ou totalmente, por um sistema autónomo. Este sistema segue regras ou parâmetros definidos pelo artista, permitindo que a criação ocorra sem intervenção direta após a programação inicial. Embora a “inteligência artificial” seja atualmente muito associada ao termo “generativo”, Veiga lembra que o conceito de arte generativa digital é mais antigo, remontando aos anos 60, e que figuras como Georg Nees e Vera Molnar foram pioneiras no uso do computador para criar arte, marcando um momento crucial no desenvolvimento da arte digital moderna.

Ao final serão apresentadas algumas das obras mais significativas de Veiga, que desenvolve sistemas computacionais complexos e explora características como interação, aleatoriedade controlada e remistura audiovisual. Contudo, o seu autor não se limita à exploração estética e tecnológica, e procura desenvolver cada trabalho enquanto reflexão crítica sobre temas impactantes na sociedade atual, aliando, assim, técnica, estética e função, considerando cada obra (também) como um meio de comunicação e intervenção.

A apresentação terá lugar no dia 9, às 15h00, no Convento dos Capuchos, em Caparica.

Mais informações (aqui) e programação (aqui)


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